quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Vazio

“Trinta raios convergentes, unidos ao meio, formam a roda, mas é seu vazio central que move o carro. O vaso é feito de argila, mas é o seu vazio que o torna útil. Abre-se portas e janelas nas paredes de uma casa, mas é seu vazio que a torna habitável.”
 Lao Tse

Poperô para vocês!!!

Se você tem mais de 18 anos ou conhece cultura dos anos 90 esse termo não é novidade, mas para os desavisados, "poperô" é um neologismo brasileiro para designar músicas que misturavam o estilo House com musica eletrônica, criando o House Music. Também há "poperôs" com hip-hop, rap, dance, techno, etc, etc, etc. Quam cantava esse tipo de música por exemplo foram Snap! e o Technotronic. O neologismo veio a partir de "pump it up" que quer dizer "bombe isso para cima", ou seja, vamos bombar alto, pra cima, alto astral e é exatamente isso que os poperôs trazem, muita energia positiva pra animar mesmo!
Então, nesse fim de ano de de 2010, começo de 2011 muito POPERÔ pra vocês!!!
E deixo pra vocês uma das músicas mais marcantes do estilo, Megamix do Technotronic:

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Uma Arte

A arte de perder não é nenhum mistério

tantas coisas contém em si o acidente
de perdê-las, que perder não é nada sério.
Perca um pouco a cada dia. Aceite austero,
a chave perdida, a hora gasta bestamente.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Depois perca mais rápido, com mais critério:
lugares, nomes, a escala subseqüente
da viagem não feita. Nada disso é sério.
Perdi o relógio de mamãe. Ah! E nem quero
lembrar a perda de três casas excelentes.
A arte de perder não é nenhum mistério.
Perdi duas cidades lindas. Um império
que era meu, dois rios, e mais um continente.
Tenho saudade deles. Mas não é nada sério.
Mesmo perder você ( a voz, o ar etéreo, que eu amo)
não muda nada. Pois é evidente
que a arte de perder não chega a ser um mistério
por muito que pareça (escreve) muito sério.
(Elizabeth Bishop; tradução de Paulo Henriques Brito)

domingo, 26 de dezembro de 2010

Para Alegrar seu Domingo

Para alegrar o domingo Pet Shop Boys e Sir Ian McKellen!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Boas Festas

Fim de ano chegou e novamente chega aquele momento que alguns fazem um balanço do que foi mais um ano de suas vidas (meu caso) e existem aqueles que desejam ardentemente comemorar mais um ano que se passou e o próximo que chega. Muita comida, muita bebida, muita alegria. Desejo a todos vocês todas essas coisas em elevada potência. Desejo que vocês comam bastante, mas não desperdicem nada em memória daqueles que não tem comida sequer escassa em muitos dias do ano. Desejo que vocês se recordem do trabalho da natureza para produzir cada fruto, cada grão de trigo, cada boi, porco, peru ou frango que vocês degustem. Se lembrem disso e agradeçam a Deus e a natureza por essa dádiva. Desejo que vocês consumam bebidas saudáveis, mas como sucos naturais estão longe de ser a predileção das pessoas, desejo que vocês consumam alcool de forma moderada, não a ponto de levá-los ao coma alcoólico. Desejo ainda que vocês, caso peguem a direção, o façam sem influência etílica e com responsabilidade. Desejo que evitem brincadeiras que possam custar a vida de vocês, das pessoas que vocês amam, de outras pessoas. Nunca se esqueçam que cada ser um humano, por pior que seja, é um universo rico em sentimentos, pessoas, emoções, alegrias e dores, como eu e como você. Aproveite essa época para aproveitar o melhor presente que um ser vivo pode ter, as pessoas que ele ama por perto. Se você não puder ter essa dádiva relembre como é bom estar cercado delas e assuma consigo mesmo o compromisso de no próximo ano, nos próximos dias, no restante da sua vida, permanecer próximo a elas.
É tudo isso que desejo a vocês. O resto é consequência.
Beijos e Boas Festas a todos!

Vento Sul

E ele veio assim de madrugada
E veio com a violência e energia da tempestade
Mas também trazia o frescor da manhã de primavera
E o que ele me pedia era de uma emergência urgente
Como se o último suspiro estivesse próximo
Não hoje
Não amanhã
Não daqui meia hora
Ele exigia o que quer que fosse agora
E mesmo com medo
Eu queria decifrá-lo
E conhecê-lo
Mas agora é muito tarde
Agora é muito cedo
E o medo ainda grita em mim
E apenas uma explicação eu gostaria
Dessa fonte de energia
Que do Vento Sul vertia.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Tico Santa Cruz e Ser brasileiro

É simplesmente uma vergonha o que está acontecendo no país, com o recente aumento do salário dos parlamentares federais. Enquanto isso é uma luta danada pra aumentar mirrados 510 reais de salário mínimo. E pouco é falado de que NÃO É FEITO o reajuste no salário de profissionais públicos como eu, cujo base está estagnado desde o último Plano de Cargos e Salários da cidade de Cascavel, isso numa época em que o mínimo ainda era pouco mais que 300 reais. Ou seja, está hiper defasado. Daí vem um desses deputadinhos que nem sabe onde fica o Uruguai (e ainda reclamam do Tiririca) e me fala que é impossível viver com menos 12, 15 mil reais. É UM ABSURDO!
O menos pior dos presidentes da ditadura (na minha opinião logicamente), General João Baptista Figueiredo, ao ser indagado por uma criança o que faria se tivesse que viver de salário mínimo foi enfático na sua resposta "daria um tiro na cabeça". Talvez seja essa a solução para essa bandidada do legislativo, que legisla apenas em benefício próprio: deixar eles vivendo por um tempo só com salário mínimo. Numa dessa fazem um suicídio coletivo e nos livram de sua parasitice (eu sei, piadinha infame).
Mas talvez pior que o legislativo, seja o próprio brasileiro. Ontem, o cantor Tico Santa Cruz fez um protesto na Avenida Paulista contra essa sujeira, com aproximadamente 30 pessoas. Ao invés de ser visto como um exemplo teve que ouvir coisas bacanas como "vagabundo", "vadio", "perturbador da ordem", "perturbador do transito". Isso que ele estava fazendo o que TODOS NÓS deveríamos ter feito quando soubemos desse ultraje, sair às ruas, protestar mesmo, parar o país. Mas não. Preferem XINGAR MUITO NO TWITTER do que tomar uma postura adulta que puxe a responsabilidade pra si no país. Quantos de nós realmente não desejamos profundamente fazer uma passeata como ele fez, mas por medo de sofrer os perjúrios que ele sofreu, não abandonamos esse pensamento? Quantos de nós por medo de ter poucos seguidores como ele teve não desistiu dessas idéias? Esquecemos que o que importa é o ato em sim e não a quantidade de pessoas. Devemos parar de ser acomodados, de ser brasileiros apenas em copa do mundo, olimpíada, é ridiculo, porque são eventos que ocorrem apenas há cada 4 anos.
É tão mais simples sentar a bunda na cadeira da bodega, virar o caneco e de-lhe arrotar impropérios contra o governo, suas leis, os políticos que estão lá e esquecer que também temos culpa nesse processo, seja por votar nas pessoas erradas, seja por permitir que elas fiquem lá por tão longo tempo.
Um deputado, se eu não me engano (se alguém puder me dar mais informações), além de ganhar o mísero salário, também recebe míseros auxílios como moradia (isso que existem apartamentos construídos para essa finalidade lá em Brasília, com todas as mordomias necessárias), transporte, a verba para acessores, e o ridículo "auxílio terno".
Agora me digam se tudo isso não é um roubo ao nosso dinheiro, suado, roubado em qualquer coisa consumida no país? Estamos esperando o que, um novo confisco da poupança pra garantir a mordomia desse bando de malaco????
ACORDEM BRASILEIROS E SEJAM BRASILEIROS

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A Maçã - Deborah Blando



Se eu te amo e tu me amas


Um amor a dois profana

O amor de todos os mortais

Porque quem gosta de maçã

Irá gostar de todas

Porque todas são iguais



Se eu te amo e tu me amas

E outra vem quando tu chamas

Como poderei te condenar

Infinita é tua beleza

Como podes ficar preso

Como um santo no altar



Quando eu te escolhi

Para ficar junto de mim

Eu quis ser tua alma

Ter teu corpo

Tudo enfim

Mas compreendi

Que além de dois existem mais



Amor só dura em liberdade

O ciúme é só vaidade

Sofro mas eu vou te libertar

O que é que eu quero se eu te privo

Do que eu mais venero

Que é a beleza de deitar



Quando eu te escolhi

Para ficar junto de mim

Eu quis ser tua alma

Ter teu corpo

Tudo enfim

Mas compreendi

Que além de dois existem mais



Se esse amor

Ficar entre nós dois

Vai ser tão pobre, amor

Vai se gastar



Amor só dura em liberdade

O ciúme é só vaidade

Sofro mas eu vou te libertar

O que é que eu quero se eu te privo

Do que eu mais venero

Que é a beleza de deitar



O que é que eu quero se eu te privo

Do que eu mais venero

Que a beleza de deitar

Seu Cheiro

Te conheci de uma forma estranha. E só de te observar me apaixonei. Fui atrás de você. Vivemos um sonho, um momento mágico, nossos corpos se misturaram, nossas essências viraram perfume, se perfume ficou grudado em mim. Contudo, algo impediu a plenitude desse sonho. Nos separamos. Eu te odiei, você me odiou e nem entendíamos o porque desse ódio, apenas sabíamos que devíamos nos odiar. Contudo, seu perfume, seu cheiro me perseguiam, e sempre senti, como se você estivesse me rondando me protegendo com seu aroma. O tempo passou, seu ódio acabou e a razão voltou a você. Você me pediu perdão. Perdoei-te. Você pediu minha amizade. Dei-lhe-a. Você pediu minha presença. Assim o fiz. Você roubou um beijo meu. E eu adorei. Adorei sentir teus lábios, tua pele, teu cabelo, teu cheiro. Mas você ainda permaneceu um tanto inacessível. Mas teu cheiro começou a ficar parecido com o meu e acabou ficando igual. Hoje somos a mesma essência, o mesmo perfume, o mesmo cheiro, almas separadas pelo destino que se amarão eternamente.

The Alan Parson's Project - Don't Answer Me



If you believe in the power of magic


I can change your mind

And if you need to believe in someone

Turn and look behind

When we were living in a dream world

Clouds got in the way

We gave it up in a moment of madness

And threw it all away



Don't answer me, don't break the silence

Don't let me win

Don't anwer me, stay on your island

Don't let me in

Run away and hide from everyone

Can you change the things we've said and done?



If you believe in the power of magic

it's all a fantasy

So if you need to believe in someone

Just pretend it's me

It ain't enough that we meet as strangers

I can't set you free

So will you turn your back forever on what you mean to me?


Don't answer me, don't break the silence

Don't let me win

Don't answer me, stay on you island

Don't let me in

Run away and hide from everyone

Can you change the things we've said and done?


Don't answer me , don't break the silence

Don't let me win

Don't answer me, stay on your island

Don't let me in



Run away and hide from everyone...


Don't answer me , don't break the silence

Don't let me win

Don't answer me, stay on your island

Don't let me in


Can you change the things we've said and done?


Don't answer me , don't break the silence

Don't let me win

Don't answer me, stay on your island

Don't let me in...


NÃO ME RESPONDA (TRADUÇÃO)
 
Se você acredita no poder da magia


Eu posso te fazer mudar de idéia

E se você precisa acreditar em alguém

Vire-se e olhe para trás

E enquanto vivemos em um mundo de sonhos

Só as nuvens pelo caminho

De repente nós desistimos de tudo num momento de loucura

E jogamos tudo fora.



Não me responda, não quebre o silêncio.

Não me deixe vencer

Não me responda, continue na sua ilha.

Não me deixe entrar

Fuja e se esconda de tudo

Ou será que você consegue mudar as coisas que dissemos e fizemos?


Se você acredita no poder da magia

Tudo não passa de fantasia

E se você precisa acreditar em alguém

Finja que acredita em mim

Mas isso não é o suficiente, nós nos conhecemos.

Eu não posso te deixar ir

E então você vai simplesmente desmentir o que me disse antes?


Não me responda, não quebre o silêncio.

Não me deixe vencer

Não me responda, continue na sua ilha.

Não me deixe entrar


Fuja e se esconda de tudo

Ou será que você consegue mudar as coisas que dissemos e fizemos?


Não me responda, não quebre o silêncio.

Não me deixe vencer

Não me responda, continue na sua ilha.

Não me deixe entrar


Fuja e se esconda de tudo

Ou será que você consegue mudar as coisas que dissemos e fizemos?

Não me responda, não quebre o silêncio.

Não me deixe vencer

Não me responda, continue na sua ilha.

Não me deixe entrar


Fuja e se esconda de tudo

Ou será que você consegue mudar as coisas que dissemos e fizemos?

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Cerra, o 2º maior dos entreguistas - de Paulo Henrique Amorim

Genial o post que Paulo Henrique Amorim postou no seu Conversa Afiada. Reproduzo na íntegra o post de um verdadeiro jornalista.


Bessinha sabe bem como é a relação do PSDB com os EUA

Uma das notáveis vantagens do Wikileaks – que o Bonnner chamava de uaiquiliquis – é que ele confirma as suspeitas.

O Conversa Afiada sempre suspeitou que por tras da loucura do Padim Pade Cerra havia uma lógica.

A Bolívia é a responsável pelo consumo de cocaína nos Jardins, em São Paulo.

Fechar o Mercosul.
Colocar o ataque ao Irã no centro de uma “política” externa.

Qual a lógica desse bestialógico numa campanha eleitoral ?

A Bolívia enfrenta os Estados Unidos e não deixa instalar lá uma força tarefa “colombiana” de combate ao tráfico.

O Mercosul forte é a alternativa brasileira à Alca dos Estados Unidos.

O uaiquiliquis demonstrou que o Irã é o centro da política externa americana.

Ou seja, a lógica do Cerra na campanha era a lógica da política externa americana.

Não havia loucura nenhuma.

Como sempre houve lógica no entreguismo do Cerra.

Na defesa dos contratos de “concessão” do pré-sal, contra os de “partilha”.

É o que demonstra agora o uaiquiliquis, de forma lapidar (de “lápide”, “túmulo”):

“… novas rodadas (para explorar o pré-sal) não vão acontecer…

“… o modelo antigo (de “conceder”, “dar”) funcionava…”

” … mudamos de volta …
E diz a interlocutora, a funcionária da Chevron, membro do Instituto Brasileiro (?) de Petróleo:

” … as regras sempre podem mudar depois …”

A Dilma teve a percepção correta na campanha: essa eleição era sobre o pré-sal.

E a próxima eleição também, segundo a privilegiada funcionária da Chevron, que trata de graves  assuntos, com tanta intimidade, com um candidato à Presidência do Brasil.

Como se isso aqui fosse um quintal.

Um Porto Rico – grande.

Para ela, a funcionária americana subalterna, depois a gente muda isso …

A gente: a Chevron e o PSDB do Davizinho e do Cerra.

O uiquiliques tem essa vantagem: confirma tudo.

Alguém tinha dúvida de que o Nelson Johnbim fosse um trêfego – como dá a entender o telegrama do embaixador americano ?

Ele, Nelson Johnbim que, no passado, já demonstrou não estar muito convencido de que o Brasil mereça ter 200 milhas territoriais – e, logo, direito ao pré-sal.

Alguém tinha alguma dúvida de que o Cerra é entreguista ?

O que será que eles dois discutiam – Cerra e Johnbim -, quando dividiam o apartamento funcional da Camara, em Brasilia ?

Como vender a Floresta Amazônica à L’Occitane ?

O Pão de Açucar ao Trump ?

Itaipu à Disney ?

Johnbim e Cerra fazem parte da mesma matriz ideológica do Farol de Alexandria, o pai da Teoria da Dependência: não adianta espernear porque seremos sempre dependentes.

Só que o Farol dá menos bandeira.
O Johnbim e o Cerra são mais “unusual”, como diria o Embaixador americano do Johnbim.

“Trêfegos”, pode ser a tradução.

O centro a questão brasileira é o pré-sal.

A indústria de  equipamentos.

O domínio da tecnologia para fazer máquinas que explorem o petróleo em águas profundas.

Todo país que cresce é petroquímico-dependente, disse Dilma.

O ponto é: e de quem deve ser o pré-sal ?

Da Chevron ou do povo brasileiro ?

O resto é o luar de Paquetá, diria o Nelson Rodrigues.

E, como “depois a gente muda isso”, essa pergunta permanecerá por muitas eleições no centro da política brasileira: nós ou a Chevron ?

A Petrobras ou a Petrobrax ?

Só que o Padim Pade Cerra não é o maior dos entreguistas.

Como também não foi Roberto Marinho, que invariavelmente defendeu os interesses das chevrons, contra a Petrobras.

Como, hoje, os filhos do Roberto Marinho – eles não tem nome proprio – escondem – segundo o Stanley Burburinho – que o Cerra ia mudar o pré-sal para a Chevron.

Roberto Marinho, como os filhos, hoje, são sardinha nesse jogo de peixe grande.

O maior de todos os entreguistas foi o Carlos Lacerda.

Esse, sim, tinha talento e esteve muito perto de entregar o ouro aos bandidos.

Lacerda tinha consistência.

Não tinha escrúpulos – como o Cerra -, mas tinha Norte.

O Padim Pade Cerra, não.

Esse é  um desnorteado.

Todavia, não é maluco.

A loucura dele tem lógica.

Mas, como diz o Brizola Neto, quem nasceu para Serra nao chega a Carlos Lacerda.

A Chevron acaba de descobrir isso.


Paulo Henrique Amorim

Pra quem é inteligente - Serra, o traíra da nação

Saiu ontem a notícia que o Wikileaks liberou um telegrama onde o Sr. Serra falava com a Chevron, empresa petrolífera norte-americana, que se eleito modificaria a lei de exploração do pré-sal, obviamente para favorecer empresas como a Chevron e vender parte do país.
Para mais informações:

http://www.conversaafiada.com.br/pig/2010/12/14/wikileaks-globo-evita-o-caso-serra-pre-sal/

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/globo-evita-o-caso-serra-pre-sal

http://www.conversaafiada.com.br/politica/2010/12/14/cerra-o-2%C2%BA-maior-dos-entreguistas/

e pra completar o baile, telegrama em que os americanos são favoráveis da diminuição da reserva legal da Amazônia:

http://www.conversaafiada.com.br/economia/2010/12/15/eua-querem-meter-a-mao-na-amazonia-e-nao-e-que-era-verdade/

Ruim no Brasil, vai pros EUA e suma por lá!

Minha terra sob o ponto de vista de alguém da Praia Grande - Fantástico!

Coisas que se aprende em SP
*A diferença entre chegar em 15 minutos ao seu destino ou em 1 hora e meia, depende as vezes de 20 minutos de atraso seu.
*Quando chove para tudo.
*Fato: O flanelinha da rua da balada, ganha bem mais do que a Assistente administrativo Bilingue gostosa do seu escritório.
*Triste: Enquanto tem gente comprando um Porsche pro filho que passou na faculdade, na esquina a 30 metros tem crianças implorando por comida
e alguma roupa quente.
*Não importa o quão fútil você seja, tem sempre alguém com bolsas e relógios da 25 de março se achando a bala que matou Kennedy.
*Você consegue morar 40 anos aqui e descobrir lugares que nunca passou.
*Você pode morar a 12 anos no mesmo prédio e conhecer um vizinho novo.
*Você pode morar a 12 anos no mesmo prédio e descobrir que não conhece ninguém além do porteiro.
*Praia de Paulista é shopping.
*Festas e baladas de rock tem meninas lindas, cheirosas e bem arrumadas, diferente daquelas festas com gordonas Black metal da sua cidade.
*Existem aluguéis e condomínios que custam o salário de um empresario e dariam pra financiar casas de luxo.
*Lojas de conveniência e restaurantes fast food 24 horas em São Paulo existem mais do que baratas no Planeta.
*Existem cinemas por R$45 reias a entrada.
*Você pode gastar 14 reais numa fatia de bolo.
* Oito reais num bombom.
*Estacionamentos por 8 reais a primeira hora.
*Aqui existem pessoas com carros de luxo pra finais de semana.
*Aqui existem pessoas com carros só pra viajar.
*Aqui uma mesma pessoa tem 2 carros pro dia do rodízio.
*Academias podem custar mais do que aulas de música.
*Conserta-se tudo, e tudo tem um preço.
*Lixo da dinheiro.
*Todo dia tem acidente.
*Quase todo dia chove
*Você pode demorar o mesmo tempo pra chegar no trabalho de carro ou a pé.
*Sexta feira é casual day (você pode ir vestido mais sport pro trabalho)
*Bermudas são raras aqui.
*Andar de bicicleta é para os fortes também.
*Trabalhar em Shopping e numa agência de modelos é bem parecido as vezes.
*Um par de sapatos pode valer mais do que seu carro.
*Existem histórias de pessoas que começaram a vida com uma barraca de hot dog, e hoje são donos de franquia do mesmo.
*Um bairro de luxo está a duas ruas da favela.
*Existem condominios de prédios com padaria, lojas de roupas.
*Você pode estar na sua rua e ver mais chineses ou japoneses ou coreanos do que brasileiros.
*Faculdades caras, roupas de marca, e ser filho de alguém é profissão pra alguns.
*Existem pessoas com a profissão: Herdeiro.
*Aprendi a nunca mais chamar a mocinha bonita ao lado do velho careca de filha.
*Notei que o Tio da sukita quase sempre é vô.
*Qualquer espaço aberto, com árvores, algum verde ou uma lagoazinha é um parque.
*Você pode crescer, viver, aprender ou se perder nas zilhões de tentações e baladas open bar, open drugs e open legs.
*Existem baladas que começam as 4 da manhã e terminam as 14h.
*Não importa o quão feia você seja, você consegue ter 4 "namorados"
*Ser "aventureiro" pra alguns é comprar um tennis marrom da Timberland.
*Carros Offroad jamais saem do asfalto
*Ter consciência social é ir a palestras.
*Melhorar o mundo pra algumas pessoas é comprar uma camiseta do Câncer de mama no alvo da moda na M.Officer e continuar jogando papel
de bala pela janela do carro V8 que consome 4 km por litro.
*Boate aqui é puteiro.
*Casa de massagem também.
*Bilhetes premiados são sugeridos e disk tudo pra qualquer coisa custam mais de 3,50 a hora mais impostos.
*Compram ouro, cobre, celulares, relógio d'gua, fone de ouvido, ipod, ipad, iphone.
*LeLógio Lolex pLova d'água, com vidLo de zafiLa não Lisca custam a partir de (cento e quaLenta Leais com o japa- GaLantia até a poLta) hehe
*Come-se mais sushi e pizza do que arroz e feijão.
"São Paulo a terra da oportunidade, da crescente, o motor do Brasil;
O caminho pra alguns a saída pra outros, o fim da linha,
a chegada e a partida, capital financeira da América do Sul.
Você pode crescer e almejar, por que depende de você e da sua vontade conseguir e chegar lá."
Thomas Maxwell Schiff


PS: Thomates, te adoro!!!!!!!!!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Home - Depeche Mode

Uma das minhas músicas favoritas!




Here is a song
From the wrong side of town
Where I'm bound
To the ground
By the loneliest sound
That pounds from within
And is pinning me down

Here is a page
From the emptiest stage
A cage or the heaviest cross ever made
A gauge of the deadliest trap ever laid

And I thank you
For bringing me here
For showing me home
For singing these tears
Finally I've found
That I belong here

The heat and the sickliest
Sweet smelling sheets
That cling to the backs of my knees
And my feet
But I'm drowning in time
To a desperate beat

And I thank you
For bringing me here
For showing me home
For singing these tears
Finally I've found
That I belong

Feels like home
I should have known
From my first breath

God send the only true friend
I call mine
Pretend that I'll make amends
The next time
Befriend the glorious end of the line

And I thank you
For bringing me here
For showing me home
For singing these tears
Finally I've found
That I belong here
 
LAR

Aqui está uma música
Do lado errado da cidade
Onde eu estou amarrado
Ao chão
Pelo som mais solitário
E isso martela por dentro
E está me pregando

Aqui está uma página
Do palco mais vazio
A cela da cruz mais pesada já feita
Um medidor da armadilha mais mortal jamais feita

E eu te agradeço
Por me trazer aqui
Por me mostrar um lar
Por cantar essas lágrimas
Finalmente eu estou achando
Que pertenço a aqui

O calor e os lençóis
Doces mais repugnantes
Que grudam atrás dos meus joelhos
e meus pés
Bem eu estou afundando no tempo
de uma batida desesperada

E eu te agradeço
Por me trazer aqui
Por me mostrar um lar
Por cantar essas lágrimas
Finalmente eu estou achando
Que pertenço a aqui

Parece um lar
Eu deveria ter percebido
Da primeira vez que respirei

Deus enviou o único amigo verdadeiro
que eu considero meu
Finja que eu farei as pazes
a próxima vez
O amigo do pecado glorioso da luz

E eu te agradeço
Por me trazer aqui
Por me mostrar um lar
Por cantar essas lágrimas
Finalmente eu estou achando
Que pertenço a aqui

Frases

Senhor dos Anéis

"Muitos que vivem merecem morrer. Alguns que morrem merecem viver. Você pode lhes dar a vida? Então não seja tão ávido para julgar e condenar alguém a morte, pois mesmo os mais sábios não podem ver os dois lados."

"Você pode encontrar as coisas que perdeu, mas nunca as que abandonou."

"Não jure que caminhará no escuro aquele que não viu o cair da noite."

"A notícia que vem de longe raramente é verdadeira."

"Existem feridas tão profundas, que doem uma vida inteira."

Tim Maia

" É engraçado as vezes a gente fica pensado que está amando que sendo amado, e que econtrou tudo que a vida poderia oferecer. Em cima disso a gente constroi nossos sonhos, nossos castelos e cria um mundo de encanto, onde tudo é belo, até que a mulher que a gente ama, vacila e põe tudo a perder."

"O mundo só será bom no dia que todo o dinheiro acabar, mas que não me falte nenhum enquanto isso não acontece."

"A demagogia é a pior das mentiras, porque é uma mentira mentirosa."

"A coisa que eu mais odeio é a hipocrisia. É a mentira da mentira".

"Este país não pode dar certo. Aqui prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e pobre é de direita"

"Eu não agüento mais a imprensa. Ela está mais preta do que marrom. Todo jornalista gostaria de ser artista, todo redator é aquele que não conseguiu ser escritor e todo mundo quer ser cantor"

"Qualquer experiência religiosa é prejudicial ao ser humano. E qualquer experiência de extravaso é benéfica ao ser humano."

"O Brasil é uma terra de mestiço pirado querendo ser puro-sangue."

"Passou de branco, preto é. Não existe este negócio de mulato. Mulato pra mim é cor de mula."

Closer - Perto demais

"Mentir é a coisa mais divertida que uma garota pode fazer sem tirar as roupas... mas é melhor se tirar."

"É uma mentira. É um bando de estranhos fotografados lindamente, e todos os brilhantes idiotas que apreciam arte dizem que é lindo, porque é isso que eles querem ver. Mas as pessoas nas fotos estão tristes, e sozinhas, mas as fotos fazem o mundo parecer bonito. Então ficam exibindo, o que torna isso uma mentira, e todo mundo ama uma grande mentira."

"Aonde? Me mostra! Aonde esta esse amor? Eu não posso vê-lo, eu não posso toca-lo, eu não o sinto, eu não posso ouvi-lo. Eu posso ouvir algumas poucas palavras, mas eu não posso fazer nada com essas suas simples palavras!"

"Ninguém nunca vai te amar tanto quanto eu. Porque o amor não é suficiente?"

"Eu sei quem você é. Eu te amo. Eu amo tudo em você que dói."

"Você ja viu um coração humano? Parece um pulso, envolvido em sangue."

"Não ouse dizer isso! Não diga que eu sou bom demais pra você. Eu sou, mas não diga!"

"Você não sabe a primeira coisa sobre o amor, porque você não entende o que é compromisso."

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Pensamento de um dia de reflexão

Deus abençõe as pessoas boas de alma,
de coração pleno e integrada,
que lutam pelos seus dias nas tardes,
e que não se esquecem da alvorada,
da rua em que cresceram,
dos professores com que se aprendeu,
com todos os tombos e erros da vida,
e que com tudo isso você cresceu,
Abençõe todos os amigos de passagem,
todas amizades e estórias engraçadas e as viagens,
todas as tardes de chinelo no verão,
todas as festas com suco, patê, refrigerante e muito pão.
Todas as brincadeiras e cantigas de escola,
todos jogos de futebol na praia,
com castelos de areia, com a família,
e jogos de futebol na rua sem bola,
que caiu no vizinho e ele reclamou,
todo fim de almoço vendo desenho com seu avô
todas as memórias que te trazem paz,
viva aquele almoço de domingo em família,
e aqueles amigos que há anos você não ve,
mas que toda vez parece que foi ontem,
as histórias, brigas, exclusões de sala
e advertências de colégio.
Todas as vivências de adolescência intocáveis.
de infância e interpérios da idade.
Toda descoberta de puberdade,
todo medo e conflito e prazer
que se tem em qualquer idade.
Isso é viver,
é aprender que nunca se termina de aprender,
e saber que nem sempre na vida
você vai aprender com tudo que se pode errar,
nem sempre vai crescer se resolver não sair do lugar.
Nem todos risos são de coração,
nem todo sim, vai te livrar do não,
nem sempre o mais fácil é o melhor,
e nem sempre o mais caro te faz melhor,
Nem sempre o sim se quer saber,
nem sempre verdade é o que se quer ouvir
nem sempre a entrada é pra você,
nem sempre o sentido é o melhor prazer.
Acrecente, some,
diminua subtraia,
e acredite em você,
seja convicto,
inflexível com o que você acredita,
e erre por você;
diga não a tudo que não quer,
pense sempre em você,
agrade a todos mas em primeiro lugar
ao que você crê.
é o seu lugar,
é o que você quer,
é o que te faz feliz,
que vai te levar a qualquer lugar que lhe apetecer.
 (Thomas Maxwell Schiff)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Comparativo

Comentário que vi no Conversa Afiada do Paulo Henrique Amorim:

"Não entendi. Quer dizer que 1.700 km de ferrovia custa R$ 4,5 bi e 20 km. asfalto na marginal do Rio Tietê custa 1.5 bi?"

Mas isso porque o Lula é um vagabundo e o governo do PSDB em São Paulo é um exemplo de competência.

Só pra constar: Há ironias no texto.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Paralamas do Sucesso - Ela (Eu) disse adeus

Ás vezes é necessário literalmente "matar" o passado e tudo de ruim que ele nos faz lembrar, conforme o pensamento da minha querida amiga Evelin Bandeira. Pensando na melhor maneira de "matar" tudo isso que venho passando ultimamente lembrei da fantástica música "Ela disse adeus" dos Paralamas do Sucesso e o maravilhoso clipe da igualmente maravilhosa Fernanda Torres. Para relembrar os 90's e curtir! E diga ADEUS você também ao que nã te faz bem!




Ela Disse Adeus

[Refrão]
Ela disse adeus.
(Now the deed is done)
(As you blink she is gone)
(Let her get on with life)
(Let her have some fun)

Ela disse adeus.
(Now the deed is done)
(As you blink she is gone)
(Let her get on with life)
(Let her have some fun)

Ela disse adeus, e chorou,
já sem nenhum sinal de amor.
Ela se vestiu, e se olhou;
sem luxo, mas se perfumou.
Lágrimas por ninguém,
só porque, é triste o fim.
Outro amor se acabou.

Ele quis lhe pedir pra ficar;
de nada ia adiantar.
Quis lhe prometer melhorar,
e quem iria acreditar?
Ela não precisa mais de você,
sempre o último a saber.

Ela disse adeus.
(Now the deed is done)
(As you blink she is gone)
(Let her get on with life)
(Let her have some fun)

Ela disse adeus.
(Now the deed is done)
(As you blink she is gone)
(Let her get on with life)
(Let her have some fun)

Disse adeus, e chorou,
Já sem nenhum sinal de amor
Ela se vestiu e se olhou
Sem luxo mas se perfumou.
Lágrimas por ninguém
Só porque é triste o fim!Outro amor se acabou...

Ele quis lhe pedir pra ficar;
de nada ia adiantar.
Quis lhe prometer melhorar,
e quem iria acreditar?
Ela não precisa mais de você,
sempre o último a saber.

Ela disse adeus.
(Now the deed is done)
(As you blink she is gone)
(Let her get on with life)
(Let her have some fun)

Ela disse adeus.
(Now the deed is done)
(As you blink she is gone)
(Let her get on with life)
(Let her have some fun)

Ela disse adeus.
(Now the deed is done)
(As you blink she is gone)
(Let her get on with life)
(Let her have some fun)

Ela disse adeus.
(Now the deed is done)
(As you blink she is gone)
(Let her get on with life)
(Let her have some fun)

Ela disse adeus.
(Now the deed is done)
(As you blink she is gone)
(Let her get on with life)
(Let her have some fun)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

As vezes é preciso ser cinza pra depois ver a cor

Saiba ser você e saiba ser você sem ter o que você tem ou já teve,

Nada aqui é nosso, nada aqui é de alguém,

tudo na vida nos é emprestado,

inclusive o corpo que você vive pois nem nele você vai sair daqui quando morrer.



Saiba reconhecer uma pessoa de bem de boa índole

mesmo que em bruta pedra ainda ela esteja,

afinal você não nasceu sabendo ler e escrever esses ásperos versos que aqui escrevo,



Saiba reconhecer as pessoas verdadeiras,

saiba agradecer quando uma verdade lhe é disparada

mesmo que contra sua vontade,

Pois na maioria das vezes é dito ou você diz aquilo que é preciso ouvir.



As vezes dizemos verdades brincando sem querer

as vezes inverdades são ditas sem saber,

Mas tudo na vida tem um porque,

Tudo tem um motivo

e nem sempre esse motivo se pode saber no momento,



Nem sempre o sorriso é a expressão do que se sente

Nem sempre o choro é a expressão da mente,

Nem sempre a verdade é o que precisa e deve ser dita

Nem sempre o caminho é só de ida,



A vida é longa, pra alguns é curta

Pra alguns a vida tem o sentido da labuta,

Pra alguns viver é morrer,

Pra outros viver é sorrir

Pra outros o caminho é o de fazer existir

Pra alguns a vida é viver

“Alguns vivem como se nunca fossem morrer,

Outros morrem como se nunca tivessem vivido”,



Alguns caminhos as vezes estão escondidos

Esperando a hora de aparecer

Esperando o momento de ir

Esperando o momento de fazer

E de saber vencer
Que nem sempre o sentido é o de existir

As vezes é preciso viver



Passe a reclamar menos

E a tentar mais

Passe a querer vencer

E as vezes sem olhar pra trás



Passe a tentar a sorte

Do que a julgar

Passe o dia sem conseguir

A não tentar



Faça o seu caminho e tente não dizer muitos nãos

Mas as vezes é preciso negar

As vezes é preciso deixar errar

As vezes é preciso deixar fluir

As vezes o caminho certo é o de omitir

O de não deixar saber

O de gritar a dor

Do que a não tentar vencer



Nos poemas mais simples

Estão as verdades não ditas

Ao sentimento desatino

As vitórias e as batalhas vencidas



As vezes um futuro sorriso

Vem de um passado de dor

As vezes é preciso ser cinza

Pra depois ver a cor



*Thomas Maxwell Schiff*

sábado, 6 de novembro de 2010

Uma boa música

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Uma canção para quem acha que o Nordeste vive de esmola - Nordeste Independente

Copiado de um coment neste post do Limpinho e Cheiroso.

Nordeste Independente
Bráulio Tavares e Ivanildo Vilanova, música proibida pela censura em 1984.

 Já existe no sul esse conceito que o Nordeste é ruim, seco e ingrato, se existe a separação de fato é preciso torná-la de direito. Quando um dia qualquer isso for feito todos dois vão vibrar abertamente. Se o sul vai ficar indiferente, ficará o Nordeste agradecido: Imagine o Brasil ser dividido e o Nordeste ficar independente?
Separados, porém, sem haver luta, e deixar o nordeste com seus vícios, mas sem ele pagar com sacrifícios de grandes obras reais que não desfruta. Não precisa haver sangue na disputa, bastaria a separação somente, pois se fosse medir o mais valente eu já sei qual dos dois era vencido: Imagine o Brasil ser dividido e o Nordeste ficar independente?
Se o Nordeste tivesse outras fronteiras talvez fosse tratado com capricho, sem servir de deposito para o lixo das Usinas Atômicas brasileiras. A enchente das musicas estrangeiras talvez fossem pra outro continente, se vivesse uma vida diferente da que a gente até hoje tem vivido: Imagine o Brasil ser dividido e o Nordeste ficar independente?
Talvez tenha muita gente e até proteste minha idéia chamando de imbecil. Um país com um nome de Brasil e o outro chamado de Nordeste, o Brasil não padeceria a peste da seca que vem constantemente, o Nordeste sem esse seu parente seria bem melhor compreendido: Imagine o Brasil ser dividido e o Nordeste ficar independente?
Paraíba era o centro artesanal; Piauí o setor da criação; Em Sergipe cultura é tradição; Maranhão a reserva florestal; Bahia o distrito industrial; Alagoas agrícola inflorescente; Rio Grande o poder de lidar mente; Ceara pra o turismo era escolhido: Imagine o Brasil ser dividido e o Nordeste ficar independente?
A partir, e ainda sendo homologado, o Nordeste que antes guiando seus destinos, mais de cinco milhões de nordestino voltariam para a terra idolatrada, trocariam a garôa e a geada pela roça, a enxada e o sol quente. Ninguém vai mais explorar a nossa gente como tem até hoje acontecido: Imagine o Brasil ser dividido e o Nordeste ficar independente?
O Brasil ia ter que exportar do nordeste Cacau, coco e caju. Carnaúba, minério e babaçu. Abacaxi e o sal de cozinhar. A lagosta, o agave do lugar, a cebola, o petróleo, a aguardente. O Nordeste é auto-suficiente, o seu lucro seria garantido: Imagine o Brasil ser dividido e o Nordeste ficar independente?
As rádios iam ser nordestizadas, tocariam forró xote e baião. As tvs só fariam transmissão de cantorias, cirandas e vaquejadas.
As crianças seriam batizadas só com nomes bem simples, como a gente não se usava mais nome diferente que não pode botar nem apelido: Imagine o Brasil ser dividido e o Nordeste ficar independente?
Dividindo a partir de Salvador, o Nordeste seria outro país, vigoroso, normal, rico e feliz sem dever a ninguém no exterior. Jangadeiro seria o senador. Um caboclo da roça era o suplente. Cantador de viola o presidente. E o vaqueiro era o líder do partido: Imagine o Brasil ser dividido e o Nordeste ficar independente.
Em Recife o Distrito Federal. O idioma ia ser nordestinense. A bandeira de renda cearense. Asa Branca era o hino nacional. O folheto o símbolo oficial. A moeda o tostão de antigamente. Conselheiro seria inconfidente. Lampião o herói inesquecido: Imagine o Brasil ser dividido e o Nordeste ficar independente?

Pro Brasil Seguir Mudando! Dilma 13!!!!

Bom, acho que dei bem a entender qual era minha postura política após a publicação do post do Pedro Bial aqui no blog, e olha que nem sou fã dele (odeio BBB). Com a vitória de Dilma Roussef posso desabafar que senti imenso alívio na minha almasabendo que o senhor José Serra não levou o pleito.
Muito mais que antipatia a este senhor, posso dizer que meu alívio se deve ao fato de que várias pessoas que infernizaram meus emails, orkut, twitter e não sei mais o que com difamações, matérias falsas, currículos ridículos, terrorismo cara-de-pau, se deram mal e até agora estão espumando do alto da sua raiva. Imaginem se ele tivesse ganho, o inferno que estaria sendo, essa gente falando "a bruxa foi queimada", "a sapatona se deu mal", "o apadrinhamento do mula pro poste não surtiu efeito" , etc., etc., etc.,e todas essas jóias da educação e inteligência da alta sociedade brasileira (sim, isto é uma ironia, e é bom eu deixar avisado pois percebi que essa gente não entende ironias).
Agora serão mais 4 anos por gente que se diz brasileira torcendo para que uma crise ocorra, um meteoro caia sobre a nação, a guerra civil entre estados ocorra e todo tipo de bárbarie aconteça a nação, independente do mal que isso cause, para que do alto da sua empáfia falem "a gente disse que ela ia fazer cagada".
Estou muito feliz pela Dilma ter ganho, por ela ter feito uma campanha limpa, que não encheu os meios de comunicações com matérias ridiculas, e sim apresentando fatos (poderia ter apresentado muitos outros na verdade) como no caso do Paulo Vieira de Souza, como no caso das acusações da dignissima senhora Sylvia Monica Allende Serra com um discurso anticomunista digno de Ronald Reagan e Margaret Thatcher. Mas ela não disse que Veronica Serra junto com a irmã de Daniel Dantas fizeram a maior quebra de sigilo fiscal do mundo. Ela não disse que de 6,5 bilhões de reais que a União repassou aos Estados para a saúde pública, especialmente para a compra de medicamentos excepcionais (aqueles que não constam na Relação Nacional de Medicamentos - RENAME) e que muitas vezes são caros, sumiram sem deixar rastro, e desses 6,5 bilhões de reais, 1 bilhão de reais sumiu APENAS no estado de São Paulo, aonde este senhor até então era governador. Ela não falou que o candidato que dizia ter uma vida publica imaculada tinha 17 processos, 4 de corrupção. Ela não jogou na cara dele que o escândalo das ambulâncias ocorreu durante a gestão de Minstro de Saúde do senhor José Serra.
"O melhor deputado de 1980 e bolinha", "O melhor ministro da saúde", "O criador dos genéricos", "O criador do programa de Aids", "O prefeito que assinou em cartório que cumprira o mandato até o fim" . Tudo uma farsa. Quem foi atrás apurar viu que não era assim, viu que ele tinha uma das piores notas do congresso nacional, viu que ele era um ministro da saúde que escondeu o aumento da mortalidade infantil no nordeste, viu que ele demitiu milhares de agente de combate a dengue, o que deflagrou no ano seguinte em uma epidemia absurda da doença no Rio de Janeiro (principalmente) e no resto do Brasil. Genéricos? Programa de AIDS? Eram projetos de outros ministros que tardiamente viraram lei no país e por um golpe de sorte (ou não) aconteceram durante o ministério de José Serra.
E a prefeitura de São Paulo???
1 ano e 3 meses depois ele renunciava para tentar o posto de governador. E conseguiu. E como governador podemos resumir seu governo em porrada em professor da rede publica de ensino (essa é uma tática do PSDB, que ele aprendeu com o Álvaro Dias, que fez quase a mesma coisa aqui no PR, mas aqui ele soltou a cavalaria e cavalos e fo***se os professores), vigas caindo no Robanel, ops, Rodoanel, cratera no metrô, pedágios a torto e a direita, polícia com o PSDB: pior salário do Brasil, e pra finalizar, o incêndio ao acervo do Instituto Butantã, órgão ligado a Universidade de São Paulo, de administração estadual. Pra ter uma idéia da perda enorme a ciência que isso representa, o acervo do Instituto Butantã abrigava espécimes de ofídios, aracnídeos e outros animais peçonhentos desde a época do Vital Brazil (não sei se temos parentesco), isso faz mais ou menos 100 anos. 100 anos!!! E fora isso havia espécies extremamente raros, que haviam sido encontrados em todo mundo, menos de 10 espécimes!!! Tudo isso, consumido pelo fogo!!! O fogo permitido por anos de uma administração negligente com o seu patrimônio intelectual, com o seu patrimônio físico, com seus pesquisadores. E que dúvida existe que não seria negligente com o resto do patrimônio intelectual, cultural, físico e humano do país?
Apesar de estar feliz, por vislumbrar uma oportunidade de que isto não ocorra, é um período triste, porque a gente percebe que o brasileiro que votou num cara desses, em grande maioria, são os mesmos que tem um discurso pautado no preconceito com nordestinos, negros, mulheres e idosos. São os mesmos que pedem paz, mas exigem porrada primeiro e diálogo depois, e quando necessita-se realmente de medidas enérgicas, são os primeiros que passam a mão. Essa gente que vota em pessoas como o Serra,  por considerar isto um ato de inteligência e superioridade, em sua grande maioria, são as mesmas pessoas que disseram que mulher não tem competência, que não elegeriam alguém com aquela voz ou aquele jeito.
Conheci pessoas moderadas que votaram no Serra e nunca me encheram o saco por tal ser. A estas, eu peço, humildemente, que nem liguem pro que eu escrevo. Esse é um desabafo de alguém que ficou triste e envergonhada de supostos conterrâneos que tem a capacidade de falar que nordestinos devem morrer, que quem voltou na Dilma é pobre, burro, analfabeto e vive de bolsa família, e não sei mais o que. Foi provado que a quantidade de pessoas que votaram na Dilma e que tinham bolsa família  não era um valor muito superior que a quantidade de pessoas que desfrutam do benefício e votaram no Serra. Cada qual com seu juízo de valor, cada qual com seus motivos. E nem por isso quem votou  no Serra e que tem o bolsa famíliao pode ser considerado milionário, elitista ou coisa assim (ou não!).
Eu fiquei com muita vergonha de pertencer a um país onde as pessoas pregam o descriminação, o preconceito e a morte a pessoas de outra região, cuja imprensa cria o mito de que só existem famintos e flagelados, burros e analfabetos, vagabundos e cachaceiros.
Parece que essas pessoas esqueceram que foram os famintos e flagelados, os burros e analfabetos, os vagabundos e cachaceiros que se sujeitaram a construir edifícios luxuosos, trabalharem em indústrias automobilísticas duramente, limparem as ruas que a sua inteligência porca e nojenta joga em todos os cantos da cidade, que escreveram livros maravilhosos para entretê-los no seu tédio, livros depois transformadas em novelas pra completar o ciclo, que cantam músicas alegres para que vocês se entretenham. São estes vagabundos nordestinos que limpam o chão, fazem o café da manhã, lavam a roupa, engraxam o sapato, pega busão ou metro 4 da matina,  come muitas vezes pior que um ruminante,  recebe ameaça de morte em sala de aula assim como seus conterrâneos, é humilhado, escorraçado da cidade que construiu e que continua a construir, mas apesar de tudo isso, não desiste, mostra seu sorriso, brilhante ou banguela e não está nem aí, só quer ser feliz e fazer do seu país um lugar melhor.
Os "nordestinos" que passam por isso todos os dias, não são apenas os nascidos na terra quente e iluminada do nordeste. São pessoas do sul, do centro-oeste, de MG, do norte do país e de outros países e todas ajudam a construir esse país e são tão cruelmente humilhadas. Se o Brasil hoje é considerado um país bom e bonito isso se deve a essas pessoas, que todos os dias enfrentam a própria vontade pra construir um Brasil melhor. A todos vocês, independente do voto, eu gostaria de agradecer, pois sei que vocês irão continuar lutando por esse país.
Já aos outros, perseguidores, favoráveis a toda sorte de preconceito, façam-nos um favor, suma para o inferno, vocês envergonham nossa nação.
Dilma Rousseff, honre cada voto e cada não-voto recebido, e mostre que seu governo pode ser sim o melhor que essa nação já viu.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Fale com o fígado po**a

Eu acho que poucas coisas me irritam tanto quanto extremos, ou seja, aquelas situações limite que deixam a coisa insustentável. Eu acho que isso se dá principalmente em comunicação; não suporto gente que quer falar como se fosse Phd em enrolation, com um vocabulário rebuscado e também não suporto gente que vive falando gírias; não suporto pessoas que demonstram uma arrogancia ridicula quando escrevem ou falam e nem vulgaridade se achando maneiro por ser extremamente simplório e igualmente caindo no ridículo. E outra coisa que não suporto nos tratos comunicativos é a questão voz. Realmente me irrita muito pessoas que só vivem na base do berro (como meus irmãos), ou na bravata, como muitos machões fazem a torto e a direita.
Mas ultimamente tenho me pegado contando até 10 pra não ter um surto com pessoas que falam com preguiça. Oh God, como assim?
Explico: já perceberam aquelas pessoas que parece que a voz tá engastaiada de tanta preguiça que a pessoa tem, como se fosse um efeito colateral da própria apatia. E se não bastasse isso, a vontade delas quererem emendar uma conversa que elas não entendem exatamente nada e querem ficar dando pitaco sem nem lhes dizer respeito, agravando a situação de neurose em mim por causa da voz engastaiada. É TÃO SOFRÍVEL ISSO!!!!
Lá no meu trabalho tem uma senhora na recepção que ela é exatamente do jeito que eu descrevi, ela fala como se não tivesse vontade de falar. O pior é quando ela vem pedir caneta e ela sempre fala "dá uma canetinha". Meeeeee, eu entro em desespero, porque a voz parece uma cruza do cara que faz a voz da Katylene no programa com voz de velho asmático. E se acha a tiazona, vive tentando dar os golpes no tiozão charmoso que é guarda. E eu fico imaginando ela com aquela voz super "cençual" no meio da noite "da um beijinho". Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhh.
E porque afinal das contas eu to falando tudo isso???
Oras, porque eu precisava desabafar e ilustrar essa cena belíssima que rolou na minha imaginação por conta da voz de taquara rachada e sem vontade de falar da tia da recepção.
Beijos kkkkk

sábado, 16 de outubro de 2010

...Estávamos entediados

Talvez acho que nunca explicitei o quanto sou uma pessoa nostálgica. Mas eu sou, basta saber quais são meus gostos musicais favoritos e la estará um turbilhão de músicas do dim dos anos 70, anos 80 e começo dos anos 90. Provavelmente gosto tanto dessas músicas por serem músicas que eu ouvia quando era criança, seja na minha casa, seja na casa dos meus parentes, brincando com meus primos, em almoços, jantares e festas de famílias. Apesar de todos os problemas que vivi e observei desde pequena, não posso me queixar da minha infancia. Ela foi extremamente rica de fatos e eventos que eu sei que outras crianças da minha geração não viveram, que minha irmã não viverá e que, infelizmente mas muito provável, meus filhos e netos não viverão. Minha memória é repleta de gargalhadas daqueles tempos, das conversas e brincadeira sob a noite, quando a noite ainda tinha um brilho, e não era tão friamente escura como hoje. O ar era leve. O pulmão se inflava pra receber toda aquela energia em forma de átomos de oxigênio que tomavam lugar dos átomos de carbono que estavam nas hemácias, refazendo a vida interna e propiciando a vida externa. Naquela época era possível sentir o cheiro da água correndo a sua maneira pelos leitos de rios, minas e não sei mais aonde. É um dos melhores cheiros do mundo juntamente com o cheiro de rosas brancas. Naquela época ainda era possível tomar banhos nos rios, pois eles não estavam contaminados com esterco das granjas suínas das redondezas. Ahhh, os porcos! Os porcos, criaturas tão presentes na minha infância, talvez foi a parte mais triste dela. Ou não. Acontece que toda vez que tinha uma reunião em família, lá se ia um porco pro sacrifício. E era aquele baile: o porco gritava um monte, meu avô era o carrasco oficial e eu não suportava ouvir o bicho gritar, e corria, corria tanto, até não poder mais. E eu não comia carne de porco naquela época. Nem hoje. Mas naquela época era por medo de contrair cisticercose, coisa que eu lia nos livros de biologia e ciências da minha mãe. Eu tinha 4 anos e pensava em vermes contraidos por alimentos e no mal que eles faziam!!! Não, eu não era uma criança normal, mas eu era uma criança poderosa como todas as outras crianças. E a maioria das crianças naquela época não tinha noção disso. Eram joguetes, mini-adultos. Era lindo uma criança comportada, disciplinada, obediente. Crianças como eu não eram bem vindas, seja por sua curiosidade, esperteza ou por ja desde pequena serem revolucionários. Nem por adultos. Nem por crianças disciplinadas, obedientes e retardadas. Não que eu fosse um demonio na escola, mas eu era bem falante e comunicativa, adorava expressar tudo o que pensava. A maioria dos professores a principio adorava. Ja os colegas não.
Quando digo que todas as crianças tem poder, isso é uma verdade única e incontestável. Até para as crianças que não tem noção disso é verdade, porque apesar delas não se darem conta do poder delas, elas podem usufruir desse poder em várias ocasiões na vida. Porém, uma criança que usa o seu poder pra algo negativo contra outra criança, tem o mesmo impacto que um político, um religioso, um empresário, um funcionário de uma empresa qualquer tem quando ele comete atos ilícitos. E isso é mal, muito mal.
Crianças podem ser cruéis, elas podem ser muito cruéis contra outras crianças. Tive o azar e conhecer uma das crianças mais cruéis com outras crianças. E essa crueldade não permaneceu só durante a infancia, quando essa menina adorava tirar sarro da minha cara, ser estúpida ou formular picuinhas. A coisa se agravava porque o piá (=garoto) mais bonito da sala era o primo dela e eu gostava dele. Ou seja, na minha primeira paixonite o meu carma amoroso pro resto da vida já estava traçado e era garantia de muitos problemas. Até hoje.
A coisa piorava ao cubo porque ela era mais metida a cdf do que eu, com o plus de que se achava bonita+popular+patricinha+simpática. Ela tentava ao menos. Mas eu não entendo como uma pessoa que vive de favor com os pais na casa dos avós pode se achar de se considerar patricinha, eu não entendo essas coisas.
Daí tá. Ela tinha o grupo de amigas dela e eu tinha as minhas. O grupo dela é daquele tipo de menina que atinge a puberdade um tanto quanto cedo e a natureza privilegia esse tipo de guria com uma simpatia unica para com meninos, como sorrisinhos largos acompanhados de melindres recheados de vozes agudas irritantes. O resultado são meninas com corpos com contornos femininos mais definidos, com direitos a vestimentas adequadas para esse tipo de corpo (ou seja, sensuais) e que tem noção que ja não são mais crianças, e sim mulheres (ou pelo menos projetos de mulheres).
E o meu grupo??? Ahhh, o meu grupo é aquele grupo de meninas conhecidas como "patinhos feios" ou chamadas aqui no sul até então como "maria chorona". Mas que tipo de guria é uma guria "maria chorona"? A "maria chorona" é aquele tipo que ainda usa roupas de crianças, como vestidos rodados, roupas com cara de crianças, sapatos de boneca, cabelos em chiquinhas ou qualquer outro penteado que revelasse a fofurice. Mas fofurice não é bem o que homens/garotos procuram nas meninas. Eles querem as sensuais, como as do grupo anterior e óbvio, éramos zero esquerda no quesito popularidade. Os meninos nem notavam a gente.
Óbvio que o primo da inha que eu falei ele era um garoto normal e ele era apaixonado pela garota que na época era a melhor amiga da encrenca. O pior não foi isso. O pior foi ele descobrir e na quarta série ele me escrever uma cartinha mais ou menos assim "Você é uma garota legal, podemos ser amigos, mas eu gosto de outra e não temos chance além da amizade. Caía uma chuva terrível. Enfim, o primeiro fora a gente nunca esquece...
Saímos do primário, fui para o ginásio. Lá as coisas não foram muito diferentes. Exceto pelo fato de que deixei de ser fofinha e virei reclamona revolucionária. E vocês sabem que o forte de garotas reclamonas e revolucionárias não é propriamente a sensualidade. Mas também tinha garotos reclamões e revolucionários e isso era o bom do ginásio porque sempre tinha alguém pra conversar sobre revoluções, história, política, futebol e culinária.
No ginásio a sala não se dividia mais em fofinhas e bonitinhas. A divisão era dos bonitos contra os revolucionários, ou seja, não era mais uma guerra de meninas, era uma guerra de ideologias. Teoricamente os bonitos tinham uma vida social mais movimentada, porque, oras, eram bonitos. O auge pra uma guria dos "bonitos" era menstruar, era como um passaporte pra idade adulta, sendo que muitas ja se autoproclavam mulheres, ou seja, era o passaporte pra elas darem #prontofaley
A impressão que eu tinha era de que os "bonitos" tinham uma vida tão interessante, regada a festinhas, bailinhos após a missa, encontros em casa nos finais de semana e passeio no lago (esse era o AUGE da vida em Cascavel... Acho que ainda é durante a puberdade). Era latente o desprezo que eles tinham por nós, que não andavamos na moda, com coturninhos e calças de skatistas (maldita moda do fim dos anos 90). Eles deixavam bem claro que eles eram a quintessência do que havia de melhor no colégio. E nós? Nós não pássavamos de um bando de reclamões bregas, entediantes e entediados.
Mas e nós, o que nós fazíamos???
Ahh, a gente se divertia como podia! Já que não éramos bonitos e logicamente a gente não teria atenção de ninguém em bailinho ou festinha alguma fazíamos nossas próprias farras, nas casas um dos outros. Não existe nada melhor do que uma tarde de domingo repleta de queimada, bets e volei, regada de guaraná e muita comilança. Que NÓS fazíamos. O melhor era quando tinha algum trabalho pra fazer e era necessário uma grande carga de inspiração pra fazer algo decente... Pra entregar no dia seguinte!!!
Mas foram nesses trabalhinhos que aprendi a fazer macarronada kkkkk. E tudo pra apresentar um teatrinho sobre a cultura do Sul do Brasil regada de muita imigração európéia. Além da macarronada tinha vinho, sagu e montamos uma casa. Acho que foi o melhor trabalho que apresentei!!! Se não foi o melhor, foi o mais divertido.
A disputa também passava para a educação física, onde um grupo sempre enfrentava o outro. E é óbvio que do lado das meninas "reclamonas" sempre se perdia. Ou você acha que dá tempo de treinar e alugar ginásio de esportes como elas faziam quando se está fazendo pizza, bolo ou não sei qual mais coisa engordativa???? A vida não pode ser só essa coisa de perseguir musculos, mas também é uma questão de aproveitar as coisas boas da vida né! Mas olha, elas nunca conseguiram fazer um gol após fazer uma cesta (porque era quadra poliesportiva que você pode jogar futsal, volei, basquete, etc.) como uma menina do meu time fez. Elas nunca faziam nada de espetacular. Era aquela coisa de "seja eficiente, mas não precisa ter brilho". Infelizmente eu tentava conter as bolas de eficiência delas, mas eu como goleira sou uma ótima torcedora.
E assim foi durante todo o ginásio, eles importantes e legais, e nós, entediantes e entediados com nossas vidinhas mais ou menos, recheada de conversas profundas, zero de coisas como moda e novelas, garotos e namoros. O importante para nós nunca foi a aparencia, era ser felizes com nosso grupinho da nossa maneira.
O tempo passou, as paixões mudaram. Mas as decepções não. Mas isso é o capitulo para outro dia.
Continuando o capítulo das picuinhas, cada grupo continuou a sua maneira no decorrer do tempo no mesmo colégio. E os bonitos incluindo a guria chata que me pentelhou na infancia ainda não tinha se tocado, que de bonito o que ela fazia não tinha nada. E eu acho que as máscaras de tudo isso, de quando eles deixaram de ser legais para serem ditadores foi quando foi sugerida por algumas pessoas do nosso grupo de abrir um gremio estudantil no colégio, pois ja estavamos no ensino médio e não tinha nenhum órgão que representasse aos discentes (sempre fomos sindicalistas natos). Acontece que a história do gremio caiu nos ouvidos da turma de lá, e um dia após a aula observamos uma movimentação estranha na frente da casa de uma das gurias que era da turma de lá. Ahhh, mas eles eram do mesmo grupo e o que seria demais né...
No outro dia vieram com a conversa de eleger um representante da sala. Tudo bem, elegemos o pessoal do lado deles. A outra proposta era da turma do meio que não era muito interessante. Esse foi o início do golpe.
Após a tal eleição veio o comunicado que algumas pessoas "pelo bem dos estudantes do Colégio Estadual Jardim Clarito, observando a necessidade de algo que os representasse, apresentava os participantes do recem instalado gremio estudantil do colégio" . O interessante que os participantes do gremio eram as mesmas pessoas que estavam reunidas em frente a casa da guria no dia anterior. Ou seja, pegaram nossa idéia, copiaram, colocaram gente deles, achando que a eleição pra representante da sala, fazia-os representantes do restante do colégio, sem eleições gerais. Obviamente não recebemos isso nada bem. Termos como "ditadores", "generais", "copiadores", "exclusivistas" e "oportunistas" foram os mais leves ditos, por nós e pela turma do meio. Eles também reclamaram, se sentiram ofendidos porque só queriam o bem de nós e dos demais estudantes. "Então porque não fizeram uma eleição, com outras chapas?" perguntaram do lado de cá. "É porque nós achamos que vocês aceitariam algo já pronto, sem trabalho" responderam de lá. "Vocês fizeram isso pra fazer imagem ao restante do colégio, como se vocês fossem os bonzões", "Vocês copiaram uma idéia que vocês nunca nem pensariam, moldaram para o próprio umbigo, pra se mostrarem ainda mais, mais do que ja fazem", "Vocês só fizeram isso pra nunca deixar gente como a gente ter a palavra com a direção do colégio" foram algumas das coisas respondias. E do lado de lá? Só a indignação por não ter sido aceito a proposta do gremio DELES. Daí queiseram fazer um drama, dizendo que estavam abandonado tudo e que a outra chapa que pegasse até a liderança da sala. "É bom mesmo, ja que tudo que vocês falaram foi mentira".
O clima da sala dali por diante foi um campo minado. Ninguém se olhava. Nem se cumprimentava. Foi alta traição kkkkkk. No fundo ninguém esperava isso deles, que eles chegariam tão longe, se achando intelectuais a ponto de nos fazer engolir uma farsa como o gremio que eles pretendiam fazer para o "bem do colégio". Eu acredito que eles também não esperavam que o grupo dos reclamões fosse mais reacionário do que eles imaginaram, que apontaríamos o dedo na cara deles e falassemos "nessa porra quem manda não são vocês". Eles não imaginavam que fossemos ousados como eles achavam que fossem. Oportunistas...
Isso gerou uma debandada geral do colégio, cada um solicitando transferência para um colégio diferente, incluindo a fulaninha metida a patricinha. A minha transferência eu solicitei ao fim do ano letivo, e fui para o outro colégio que não teria que me deparar novamente com esse tipo de picuinha, só queria ser da turma do meio, dos que não fedem nem cheiram, afinal, eu nem era conhecida.
Ledo engano. Quem nasceu pra onça nunca vira gatinho dorminhoco...
Acontece que no tal colégio a tal fulaninha também estava (eu devia ter pesquisado...). Mas existia possibilidade de ficarmos em salas distintas. Beleza!!! Nada mais de problemas!!! Que nada, felicidade de pobre dura pouco e como eu era inimiga número 1 dela e ela já tinha seis meses a mais de convivência com aquele povo do que eu, ela tinha a faca e o queijo na mão pra me detonar. E você acha que aquele demoninho que conheci quando criança ia perder essa oportunidade???? NUNCA!!!!!!
Ela se juntava com as outras gurias do grupinho de então dela e ficava lá falando das minhas roupas, da forma como eu falava e tudo mais. Coisas de guria fútil... Eu ia tentando me manter na turma do meio, sem grandes emoções. Até que eu descobri que a turma do meio não existia e que ela ja tinha aprontado as dela com eles e a adesão que tinham dela não eram tão grande, como eu acreditava. Como sempre, o mesmo script. Nesse colégio então as pessoas tinham um posicionamento favorável ou não uns aos outros, muito mais direto que no grupo anterior e isso para ela era devastador, porque ela não tinha o hábito de ver pessoas que ela desprezava confrontando ela de forma muito mais aberta do que no outro colégio. Isso sem dúvida foi devastador pra ela, tanto é que se aproximando do fim do ano letivo, ela buscou desesperadamente ter o poder de comoção que tinha nos tempos de outrora passando a ter conversinhas com pessoas do grupo contrário ao dela. Foi um tiro no pé, porque ela se aproximou das pessoas que menos falavam e que mais desconfiança tinham sobre suas cabeças e isso não era nada bom, porque nada do que ele dissesse seria ouvido.
A faculdade chegou e graças Deus, dessa vez sim, cada uma foi para um lado distinto e não tinha mais que ver a cara encardida dela. Mas eu tinha outros problemas na facul, mas isso é outra história.
Agora estamos formadas. Ela em Letras e eu em Farmácia. Eu hoje trabalho no serviço público no setor farmacêutico, não como farmacêutica ainda, mas não tenho muito o que reclamar do meu serviço e teoricamente é uma excelente forma de ver como é a área. A ultima notícia que tive dela é que era uma espécie de seretária, recepcionista, sei lá o que da agência de empregos pra estudantes, ou coisa assim. Diz que mantem a mesma arrogancia dos tempos áureos.
Anteontem passando no centro após a aula de inglês, estava eu bem bela e formosa desfilando com a cabeça fresca, olhando vitrines e toda arrumadinha. A imagem da reclamona brega e descuidada era do passado, mas ainda existe algo dessa época BEM vivo aqui dentro. Afinal alguém tem que reclamar, como diria Tim Maia, um outro libriano. Daí avisto um fantasma, uma silhueta sem brilho, misturada junto a outras silhuetas sem brilho e outras incandescentes. ERA ELA! Mas ela não portava aquele nariz arrebitado e arrogante dos tempos de colégio. Estava cabisbaixa. A vestimenta era a típica de secretárias, recepcionistas ou sei lá o que, um uniforme social que masculiniza as formas belas do corpo feminino. Não havia beleza naquilo. O sorriso confiante e de desprezo fugiu-lhe da boca. A tez estava mais encardida do que de costume e cansada. Não havia cor nem brilho para disfarçar-lhe isto.  Estava apenas exausta pela manhã de trabalho, e percebia-se que naõ tinha felicidade naquilo, como várias outras pessoas que estão nesse mundo.
Eu vi ela e sei que ela me viu, pois a hora que ela ergueu o rosto numa tentativa de captar a luz do mundo vi que o movimento era para o meu lado. Virei o rosto, não gostaria de ver olho no olho aquele espírito que me fez mal, que me fez sofrer tantas vezes. Ao mesmo tempo senti dó, porque nenhum espírito por mais terrível que seja não merece ficar naquele estado físico.
Daí me lembrei de toda a história anterior a anteontem e decidi escrever aqui pra vocês, porque analisando tudo isso vejo que a tristeza que vi nesse dia só estava camuflada nos anos anteriores em que ela tinha essa necessidade imensa de chamar a atenção, passando por tudo e todos, sem prestar atenção de verdade a nada que não seja a si, onde teoricamente seu estilo de vida é melhor do que os outros.
Anteontem vi que ela nunca foi legal nem importante. Para mim nem para ninguém. Sempre foi entediante. Uma pessoa que fala de garotos, batons cor de cobre, calça de skatista e coturnos (kkkkk) como se fossem as ultimas palavras no quesito modernidade é extremamente entediante e old season. E brega.
Acho que todo mundo que viu filmes adolescentes dos anos 80 sempre imaginou que sua própria adolescência fosse tão fascinante como nos filmes e acabasse no bailinho luxo no colégio, resolvendo suas rixas (seja em porrada, seja em esnobada), seus casos amorosos (com um beijo bem lindo ou encontro promissor) e uma banda tocando uma música tudo. Eu também queria que fosse assim o fim da minha adolescência. Mas não foi.
Mas posso garantir que foi fascinante sim e anteontem acho que foi o fim de verdade da minha adolescência. Anteontem sim percebi que coisas antigas ainda faziam parte de mim. Anteontem senti que ajustei minha rixa com ela e sinto que saí vitoriosa. Se anteontem fosse num baile de colégio estaria tocando "Being Boring" do Pet Shop Boys e eu estaria junto aos meus amigos cantando e vendo a cara dela e do grupelho dela:

'Cause we were never being boring

We had too much time to find for ourselves
And we were never being boring
We dressed up and fought, then thought make amends
And we were never holding back or worried that
Time would come to an end
We were always hoping that, looking back
You could always rely on a friend
And we were never being boring
We were never being bored
'Cause we were never being boring
We were never being bored

E a tradução pra ficar mais legal (e deixar o post ainda mais grande do que já está)
Pois nunca estávamos sendo chatos

Tínhamos tempo demais para decidirmos a nosso favor
E nunca estávamos sendo chatos
Vestíamos nosso melhor e brigávamos, e pensamentos consertam situações
E nunca nos refreávamos ou nos preocupávamos que
O tempo chegaria ao fim
Ficávamos sempre esperando que, ao olhar para trás
Pudéssemos sempre contar com um amigo
E nunca estávamos sendo chatos
Nunca estávamos entediados
Pois nunca estávamos sendo chatos
Nunca ...
ESTÁVAMOS ENTEDIADOS

Nada mais 80's!!!!!
Beijos e desculpem pelo post longo, mas me deu uma vontade louca de escrever e compartilhar tudo isso. Deve ser a idade (faço 23 anos nessa semana).

PS: Para ver o vídeo dessa música linda do Pet Shop Boys clica aqui, porque todos os que eu tentei incorporar não podia. Blééhhh

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

PIG e a sua liberdade de informação

Reproduzo aqui excelente texto de Maria Rita Khel, jornalista que até a pouco trabalhava na redãçãodo jornal "O Estado de São Paulo". Até a pouco porque ela foi demitida porque ela resolveu ir conta os ditames de sau então empresa escrevendo o seguinte texto que reproduzo pra vocês que copiei da Carta Capital.

-----------------------------

Dois Pesos

Este jornal teve uma atitude que considero digna: explicitou aos leitores que apoia o candidato Serra na presente eleição. Fica assim mais honesta a discussão que se faz em suas páginas. O debate eleitoral que nos conduzirá às urnas amanhã está acirrado. Eleitores se declaram exaustos e desiludidos com o vale-tudo que marcou a disputa pela Presidência da República. As campanhas, transformadas em espetáculo televisivo, não convencem mais ninguém. Apesar disso, alguma coisa importante está em jogo este ano. Parece até que temos luta de classes no Brasil: esta que muitos acreditam ter sido soterrada pelos últimos tijolos do Muro de Berlim. Na TV a briga é maquiada, mas na internet o jogo é duro.
Se o povão das chamadas classes D e E – os que vivem nos grotões perdidos do interior do Brasil – tivesse acesso à internet, talvez se revoltasse contra as inúmeras correntes de mensagens que desqualificam seus votos. O argumento já é familiar ao leitor: os votos dos pobres a favor da continuidade das políticas sociais implantadas durante oito anos de governo Lula não valem tanto quanto os nossos. Não são expressão consciente de vontade política. Teriam sido comprados ao preço do que parte da oposição chama de bolsa-esmola.
Uma dessas correntes chegou à minha caixa postal vinda de diversos destinatários. Reproduzia a denúncia feita por “uma prima” do autor, residente em Fortaleza. A denunciante, indignada com a indolência dos trabalhadores não qualificados de sua cidade, queixava-se de que ninguém mais queria ocupar a vaga de porteiro do prédio onde mora. Os candidatos naturais ao emprego preferiam viver na moleza, com o dinheiro da Bolsa-Família. Ora, essa. A que ponto chegamos. Não se fazem mais pés de chinelo como antigamente. Onde foram parar os verdadeiros humildes de quem o patronato cordial tanto gostava, capazes de trabalhar bem mais que as oito horas regulamentares por uma miséria? Sim, porque é curioso que ninguém tenha questionado o valor do salário oferecido pelo condomínio da capital cearense. A troca do emprego pela Bolsa-Família só seria vantajosa para os supostos espertalhões, preguiçosos e aproveitadores se o salário oferecido fosse inconstitucional: mais baixo do que metade do mínimo. R$ 200 é o valor máximo a que chega a soma de todos os benefícios do governo para quem tem mais de três filhos, com a condição de mantê-los na escola.
Outra denúncia indignada que corre pela internet é a de que na cidade do interior do Piauí onde vivem os parentes da empregada de algum paulistano, todos os moradores vivem do dinheiro dos programas do governo. Se for verdade, é estarrecedor imaginar do que viviam antes disso. Passava-se fome, na certa, como no assustador Garapa, filme de José Padilha. Passava-se fome todos os dias. Continuam pobres as famílias abaixo da classe C que hoje recebem a bolsa, somada ao dinheirinho de alguma aposentadoria. Só que agora comem. Alguns já conseguem até produzir e vender para outros que também começaram a comprar o que comer. O economista Paul Singer informa que, nas cidades pequenas, essa pouca entrada de dinheiro tem um efeito surpreendente sobre a economia local. A Bolsa-Família, acreditem se quiserem, proporciona as condições de consumo capazes de gerar empregos. O voto da turma da “esmolinha” é político e revela consciência de classe recém-adquirida.
O Brasil mudou nesse ponto. Mas ao contrário do que pensam os indignados da internet, mudou para melhor. Se até pouco tempo alguns empregadores costumavam contratar, por menos de um salário mínimo, pessoas sem alternativa de trabalho e sem consciência de seus direitos, hoje não é tão fácil encontrar quem aceite trabalhar nessas condições. Vale mais tentar a vida a partir da Bolsa-Família, que apesar de modesta, reduziu de 12% para 4,8% a faixa de população em estado de pobreza extrema. Será que o leitor paulistano tem ideia de quanto é preciso ser pobre, para sair dessa faixa por uma diferença de R$ 200? Quando o Estado começa a garantir alguns direitos mínimos à população, esta se politiza e passa a exigir que eles sejam cumpridos. Um amigo chamou esse efeito de “acumulação primitiva de democracia”.
Mas parece que o voto dessa gente ainda desperta o argumento de que os brasileiros, como na inesquecível observação de Pelé, não estão preparados para votar. Nem todos, é claro. Depois do segundo turno de 2006, o sociólogo Hélio Jaguaribe escreveu que os 60% de brasileiros que votaram em Lula teriam levado em conta apenas seus próprios interesses, enquanto os outros 40% de supostos eleitores instruídos pensavam nos interesses do País. Jaguaribe só não explicou como foi possível que o Brasil, dirigido pela elite instruída que se preocupava com os interesses de todos, tenha chegado ao terceiro milênio contando com 60% de sua população tão inculta a ponto de seu voto ser desqualificado como pouco republicano.
Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos

*PIG é Partido da Imprensa Golpista

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Pedro Bial


---------------


O Hino Nacional diz em alto e bom tom (ou som, como preferir) que um filho seu não foge à luta. Tanto Serra como Dilma eram militantes estudantis, em 1964 , quando os militares , teimosos e arrogantes, resolveram dar o mais besta dos Golpes militares da desgraçada história brasileira. Com alguns tanques nas ruas, muitas lideranças, covardes, medrosas e incapazes de compreender o momento histórico brasileiro, colocaram o rabinho entre as pernas e foram para o Chile, França, Canadá, Holanda.
Viveram o status de exilado político durante longos 16 anos , em plena mordomia, inclusive com polpudos salários. Foi nas belas praias do Chile, que José Serra conheceu a sua esposa, Mônica Allende Serra, chilena.
Outras lideranças não fugiram da luta e obedeceram ao que está escrito em nosso Hino Nacional. Verdadeiros heróis , que pagaram com suas próprias vidas , sofreram prisões e torturas infindáveis, realizaram lutas corajosas para que , hoje , possamos viver em democracia plena , votar livremente , ter liberdade deImprensa. Nesse grupo está Dilma Rousseff. Uma lutadora , fiel guerreira da solidariedade e da democracia.
Foi presa e torturada. Não matou ninguém, ao contrário do que informa vários e-mails clandestinos que circulam Brasil afora. Não sou partidário nem filiado a partido político. Mas sou eleitor. Somente por estes fatos, José Serra fujão, e Dilma Rousseff guerreira , já me bastam para definir o voto na eleição presidencial de 2010.
Detesto fujões, detesto covardes!
Pedro Bial, jornalista

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O Beijo

Seu Beijo
Macio
Suave
Caloroso
Por horas
Nervoso
E arrebatador
Seu beijo
Que tem o gosto
da bala de cereja
misturado
com o gosto do desejo
e o cheiro cítrico que me fascina
Que me arrepia
Que me faz boiar em nuvens, estrelas, cometas galáxias
Sinto falta do seu beijo
Apaixonante
Delicioso
Que me vicia
Selinho
Beijinho
Salva vidas
Gosto de qualquer tipo de beijo seu
Gosto de você.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Bobeiras recolhidas: Conhecendo Liza Minelli


(Fato relembrado com crise de risos após ver que uma das apresentações de dança no recital em que minha irmã dançou balé tinha como trilha a música Cabaret de Liza Minelli)

Cinco gurias bobas de 9 anos, na calçada do colégio, perdendo tempo a ponto de serem levadas pelo homem do saco ou serem seduzidas com malucos que vendem figurinhas de Blue Stars contendo LSD, papeiam bobeiras que meninas de 9 anos falam. Lá pelas tantas a menos enturmada do grupo solta:

- Menina boba 1 (sou eu :D) diz: Nossa LaÍsa (o erro aqui foi proposital pra dar enfoque pro "i" forte do nome") , acho teu nome muito lindo, é diferente como Laís mas não tão comum como Taís ou Taísa...

- Menina boba 2 (supostamente LaÍsa) diz: (olha com cara de desprezo pra outra guria boba que falou de nomes) Não é LaÍsa, é Laisa, sem acento, se pronuncia como o nome o da cantora Minelli.

- Menina boba 1 (confusa mas lógica) diz: Mas o nome não era Laisa, agora virou Minelli. Como pode isso???

- Menina boba 2 (puta de raiva e indignação): LIZA MINELLI!!! O NOME DELA É LIZA MINELLI!!! (na época nem sabia que o nome dela se escrevia com o "i" e o fonema era "ai").

- Menina boba 1 diz: Hummm... Eu não sabia (e volta a sua insiginificância).


Crianças podem ser cruéis com as outras, incluindo aquelas que não tem idéia de quem seja Liza Minelli...
Porém, mais cruel ainda é eu me dar conta que eu conheço uma guria de 20 anos que está a CARA da Liza Minelli na ultima foto.
TENSO!!!!