quinta-feira, 20 de outubro de 2011

De quando me tornei gente - Parte II

Continuação...
Mas meu tio não morreu depois disso. Antes de morrer ele garantiu um terreno e a construção de uma casa na cidade para o meu avô que, até então, sempre havia morado no campo. Como não tinha filhos, a pensão da Aeronáutica ficou com meu avô.  Com isso, meu avô possuiu uma velhice tranquila e segura, não precisando enfrentar as filas enormes que a maioria dos idosos como ele enfrenta. Mesmo porquê meu avô sempre possuiu uma saúde de aço, quase incorruptível pelo tempo. A pensão mais que ajudar meu avô, ajudou toda a família, minha mãe, mus tios e por consequência, a mim e a meus primos.

Para algumas pessoas que tem tudo na vida, que nunca tiveram perdas de verdade, tudo isso é tão sem sentido e de pouco valor. Mas pra quando você vê de todo o tipo de horror no mundo, onde a família perdeu seu lugar sagrado faz tempo, onde todo tipo de abuso é cometido no lar que deveria ser seguro, onde as crianças xingam os adultos e lambem o chão, é bom saber que se tem uma família de verdade. Uma família daquelas que planeja junto o que fazer de almoço no feriado. Uma família que reúne as outras contrapartes e faz tudo uma grande festa de verdade. Onde pedir benção não é caretice e rir efusivamente é uma marca registrada. Uma família que dá orgulho ao pronunciar o nome que a faz família e todo mundo saber que essa é uma família de pessoas batalhadoras, humildes e ativas na sociedade.

No dia de hoje eu só posso agradecer a essa família que me fez o que sou hoje, o meu verdadeiro casamento, aqueles que realmente estão comigo, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na vida e na morte.

E quando digo família, gostaria de dizer aos meus amigos, que também os incluo nessa.

Obrigada a todos.

Beijos!!!

Um comentário:

  1. Olá BD+
    Obrigado por fazer este tributo a tua familia e a todas as outras que vive todo dia com atitudes, colocando em prática o ideal de familia, que sabemos ser o melhor.
    Ser o melhor não viver na auséncia de conflitos, mas sim , utilizar os conflitos como lições para o crescimento individual, através da prática de pedir desculpas quando se erra. Reconhecer os eros individuais , é a certeza de tornar a familia mais forte .
    Ter na familia a ilha que podemos recorrer quando as tempestades do mar chamado existência nos traz algum dano.
    Brigadão pelo texto.

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